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Purgatório Existe? A Purificação Final

  • Foto do escritor: João Silveira
    João Silveira
  • há 1 dia
  • 2 min de leitura

"Onde está a palavra Purgatório na Bíblia?"


É verdade, a palavra "Purgatório" não está na Bíblia. Mas sabe o que também não está? A palavra "Trindade". A palavra "Encarnação". A palavra "Bíblia". O fato de o nome não estar lá não significa que a realidade não esteja.


A doutrina do Purgatório é, na verdade, uma combinação lógica de duas verdades que todo cristão aceita:

  1. Deus é Santíssimo: A Bíblia diz que na Jerusalém Celeste "nada de impuro entrará" (Ap 21,27). Para ver a Deus, precisamos ser perfeitamente santos, sem mancha de egoísmo ou apego ao pecado.

  2. A Realidade Humana: A maioria dos cristãos morre amando a Deus, mas ainda com imperfeições. Morremos com raiva, com vícios pequenos, com falta de perdão.


Aí vem a pergunta: se eu morro salvo (amigo de Deus), mas imperfeito (impuro), para onde eu vou? Eu não posso ir para o Inferno, porque sou salvo. Mas não posso entrar no Céu imediatamente, porque tenho manchas.


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O Purgatório é a resposta da misericórdia de Deus. É o "banho" antes da festa. É o processo onde o amor de Deus queima essas impurezas finais. São Paulo fala disso em 1 Coríntios 3,15, descrevendo alguém que se salva, mas "como que através do fogo". Jesus diz em Mateus 12,32 que há pecados perdoados "no mundo vindouro".


E tem a prova histórica: desde os primeiros séculos, nas catacumbas, os cristãos rezavam pelos mortos. Se todos fossem direto para o céu ou inferno, a oração seria inútil. Eles rezavam porque acreditavam nesse processo de purificação.


A Resposta Essencial

Negar o Purgatório cria um dilema sem solução: ou você assume que Deus permite manchas de pecado no céu (o que a Bíblia nega), ou você condena ao inferno qualquer cristão que morra com um pequeno defeito ou vício. O Purgatório é a solução da misericórdia: Deus termina em nós a obra de santificação que começou na terra. A Bíblia fala explicitamente de ser salvo "através do fogo" (1Cor 3) e de perdão no "mundo vindouro". Arrancar essa doutrina é condenar ao desespero quem morre imperfeito e tirar de nós a chance de ajudar, com nossas orações, aqueles que amamos e que partiram. O Purgatório não é uma segunda chance; é a entrada do Céu para quem precisa limpar os sapatos antes de pisar no tapete de Deus.

 
 
 

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