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Pão ou Cristo? O Mistério da Santa Eucaristia

  • Foto do escritor: João Silveira
    João Silveira
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

"Jesus falava simbolicamente quando disse 'Isto é meu corpo', certo?"


Essa é a diferença mais profunda entre católicos e a maioria dos protestantes. Eles veem o pão e o vinho como símbolos, lembranças. Nós cremos que é, literalmente, Jesus. E a prova não é "fé cega"; está na gramática do Evangelho.


Vamos para João 6, o discurso do Pão da Vida. Jesus diz: "O pão que eu darei é a minha carne". Os judeus ficam escandalizados e começam a discutir: "Como pode este homem dar-nos a sua carne a comer?".


Se Jesus estivesse falando simbolicamente, essa seria a hora de explicar: "Calma, gente, é uma metáfora, é como dizer que eu sou a porta". Mas Ele não faz isso. Ele dobra a aposta. Ele diz: "A minha carne é verdadeira comida".


No grego original, a mudança é chocante. No começo, Jesus usa o verbo phago (comer). Mas quando eles duvidam, Jesus muda para o verbo trogo, que é muito mais gráfico. Significa "mastigar", "triturar com os dentes", "roer". Ele elimina qualquer chance de ser entendido como um símbolo espiritual suave.


Mais um detalhe cultural: na linguagem dos judeus da época, "comer a carne" de alguém já era uma metáfora, mas significava odiar, perseguir e destruir a pessoa (veja Salmo 27,2). Se Jesus estivesse falando por metáforas, Ele estaria dizendo: "Quem me odiar e me perseguir terá a vida eterna". Isso não faz sentido! A única interpretação lógica é a literal.

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O resultado? Muitos discípulos o abandonaram naquele dia (Jo 6,66). E Jesus não correu atrás deles dizendo que entenderam errado. Ele deixou que fossem, porque eles tinham entendido certo: Ele exigia uma fé radical na Sua carne.


A Resposta Essencial

Se a Eucaristia fosse apenas um símbolo, Jesus teria sido um péssimo professor, pois permitiu que seus discípulos o abandonassem por causa de um mal-entendido e não os corrigiu. Mas não houve mal-entendido: Ele falava literalmente. O uso do verbo grego trogo (mastigar) não deixa margem para dúvidas. Além disso, a história é testemunha: por 1500 anos, nenhum cristão duvidou da Presença Real. Santo Inácio de Antioquia, que conviveu com os Apóstolos, já escrevia no ano 110 que a Eucaristia "é a carne de Jesus". Dizer que é "apenas pão" é inventar um cristianismo novo que os Apóstolos desconheciam. A Eucaristia é o próprio Deus conosco, ou a Igreja cometeu idolatria por 20 séculos. Não há meio-termo. E nós ficamos com a palavra literal de Cristo.

 
 
 

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